Conta-me uma jóia
É a fita que guarda como arca, as fitas do nosso deslumbre...Tem a cor do escuro do cinema; como um rio negro com os seus meandros que percorremos presos à cadeira da sala escura como frágil jangada, pelas águas traiçoeiras da emoção: Ora, bucólicas, dóceis e alegres em vales abertos como gargalhadas. Ora, violentas, dramáticas e aterradoras. Águas frias como assassinos que surgem das cortantes rochas dos rápidos que rasgam as nossas emoções. Vivemos as personagens e os actores: apaixonamos, choramos, sentimos a dor, a vingança e a traição. Somos pistoleiros, amantes, médicos, soldados e heróis. Antecipamos os perigos, sabemos aonde vai cair a bomba, o carro e o avião. Sentimos como nosso o olhar terno e malicioso da actriz. Soltamos o nosso grito mudo, o nosso choro calado, prendemos o medo à cadeira feita jangada e mergulhamos num rio que não existe.
creativity raul silva

Pulseira "rio negro"
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Fotos - Vitor Tavares

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